Estamos de volta ao começo. Há um ano, o termo pandemia se tornou parte das nossas vidas. O novo Coronavírus se espalhava pelo mundo e o impacto do grande número de casos e de mortes em pouquíssimo tempo nos mostrou que precisávamos nos proteger para evitar a propagação. Nesse momento, a Organização Mundial de Saúde recomendou uma série de medidas fundamentais para salvar vidas. O isolamento/distanciamento, a higienização das mãos ainda mais frequente, limpeza de materiais e superfícies com álcool em gel e o uso de máscara são as principais.
Há um ano, o medo do desconhecido levou a um comportamento mais consciente, mas a partir da reabertura da economia no Brasil em meados de agosto de 2020, eleições, as festas de fim de ano com muitas aglomerações e o não-uso da máscara nos levaram a esse elevado nível de transmissão registrado atualmente.
O vírus circula em grande intensidade hoje no país. O termo colapso, que nos parecia distante, representou uma tragédia no Amazonas no início do ano. Hoje o país inteiro está no limite de seu sistema de saúde. Esse comportamento transformou o Brasil em um celeiro de mutações do vírus. Com a notícia de que as variantes se mostram mais transmissíveis, a recomendação das autoridades de saúde de países como França, Alemanha e Áustria é a utilização de máscaras de uso profissional para a população em geral.
Então, com as variantes, as máscaras de tecido/caseiras não funcionam mais?
Elas são eficazes, porém em grau menor, em comparação às de uso profissional. As de tecido industrializadas são consideradas mais seguras pois passam por testes e garantias de qualidade. Se escolher as caseiras, é importante atentar para o tipo de tecido e quantidade de camadas. Tecidos como TNT (boa qualidade), poliéster e até algodão podem ser utilizados, mas com muitas camadas.
E as antivirais?
Bom, essa ação está apenas na superfície, e de acordo com os estudos realizados, as infecções entre pessoas que usavam máscara não ocorrem pelo vírus retido na superfície e sim quando eles passam pelas laterais folgadas da máscara ou entre as fibras de tecidos de máscaras muito finas.
Eita, e agora? Qual é a mais segura então?
Uma das alternativas é utilizar as máscaras cirúrgicas descartáveis. Sim, elas protegem mais que as de pano. É o que a OMS indica para pessoas com mais de 60 anos ou com cormobidades que podem agravar a Covid-19. Só que são descartáveis, porém há uma alternativa ainda melhor:
Aqui está: N95/PFF
Ela hoje, reúne o que é necessário para proteção e economia: Alta capacidade de proteção (utilizando da maneira correta, claro. E a gente ensina como já já), reutilizável e de baixo custo.
Ela pode ficar no rosto o dia todo desde que permaneça seca, e com os cuidados e precauções ela pode ser utilizada por um bom tempo. Esses cuidados são:
- Não lavar;
- Não passar ou borrifar álcool;
- Deixar descansar pelo menos 3 dias entre um uso e outro em local arejado e boa circulação de ar
- Verificar a integridade das camadas e descartá-la caso encontre fissura ou desgaste.
LEMBRANDO QUE: o modelo recomendado é o sem válvula, pois essa válvula filtra o ar que entra mas deixa passar o que sai pela boca/nariz o que coloca as outras pessoas em rico. Se você tiver uma dessas, o ideal é tapar a saída.
LEMBRANDO TAMBÉM QUE: Mais importante do que o tipo é usar bem a máscara. De nada adiantam, com 3 camadas de tecido e filtro, cirúrgica, ser N95/PFF e estarem folgadas no nariz e/ou nas laterais. O mais importante é saber como colocar e também como tirar a sua máscara:
COMO COLOCAR A MÁSCARA N95/PFF:
- Higienize as mãos antes de colocar a máscara
- Coloque a máscara no rosto com uma das mãos
- Passe o elástico por trás da cabeça, um por vez
- Molde o clipe no nariz
- Verifique se está bem ajustada ao rosto
COMO TIRAR A MÁSCARA N95/PFF:
- Higienize as mãos e não toque na frente da máscara
- Traga pra frente um elástico por vez. Primeiro o de baixo
- Segure pelos elásticos e higienize bem as mãos
- Não é necessário descartar ou lavar. Deixe descansando em local arejado de 3 a 7 dias para reuso.
Uma dica: para quem trabalha e precisa sair diariamente, é adquirir 7 máscaras e usar 1 por dia no esquema de revezamento.
Estar com a máscara bem ajustada, continuar mantendo o distanciamento, saindo apenas para o essencial, higienizando sempre as mãos e mantendo os ambientes limpos e bem ventilados é fazer a sua parte para vencermos essa batalha.
Iniciamos a vacinação que ainda está em um ritmo lento, mesmo quem está imunizado ou convive com alguém que já foi vacinado é importante manter as medidas acima até que as autoridades de saúde nos indiquem novas medidas. Usar a máscara protege você e protege o outro. É para o bem de todos!
